Depoimento de Mandetta tem atraso devido a bate-boca entre senadores

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado abriu na manhã desta terça-feira (4) a sessão em que irá ouvir o ex-ministro da Saúde da gestão Bolsonaro Luiz Henrique Mandetta (DEM).

No entanto, pouco mais de 1h desde o início da sessão, Mandetta ainda não foi ouvido devido a um bate-boca entre senadores da base governista e da oposição sobre a inclusão, ou não, de Estados e municípios no escopo das investigações.

Após a guerra de narrativas entre os dois extremos, a bancada feminina, na qual tem a liderança de Simone Tebet (MDB), tomou o uso da palavra para explicar que nenhum ente federativo ficará de fora das investigações, desde que tenha fatos determinados, como o que se deu base jurídica para o início delas.

“A CPI não irá se eximir a investigar ninguém, pois é direito dos senadores membros enviem requerimentos solicitando que a comissão avance sobre possíveis maus feitos nos Estados e municípios, caso tenham fatos determinados”, disse Tebet.

Depoimento

Ministro da Saúde quando o novo coronavírus chegou ao Brasil, Mandetta ocupou o posto até abril do ano passado.

O País tinha registrado um total de 1.924 mortes pela covid-19 quando ele saiu do governo, após um mês de intenso conflito com o presidente Jair Bolsonaro. Hoje, esse número é menor que a média diária de óbitos, acima de 2 mil.

Desde o início da crise causada pela pandemia, Mandetta e o presidente se desentenderam publicamente sobre a estratégia de combate à doença.

A opção do ex-ministro de manter as orientações da pasta a favor do isolamento social enquanto o Bolsonaro já se colocava contrário a essas medidas estremeceu a relação, afetada ainda pela a defesa do presidente ao uso da cloroquina em pacientes da covid-19.

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