MS tem possibilidade real de compra de quatro imunizantes

Os próximos dias serão decisivos para Mato Grosso do Sul na compra de imunizantes contra um Covid-19. Esta foi a definição do secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, ao Correio do Estado. 

Segundo o titular da Secretaria de Estado de Saúde (SES), há uma possibilidade de compra de quatro imunizantes: Sputnik V, Coronavac e os fabricados pelas farmacêuticas Pfizer e Janssen, braço da Johnson & Johnson.

As transparências mais avançadas são para a compra da vacina Sputnik V, que pode ser adquirida por dois meios – ou pelo Consórcio Brasil Central, que é formado por sete estados (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão e Rondônia), ou por meios próprios.

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O secretário afirmou que o Estado chegou ao limite de espera por doses vindas do Ministério da Saúde, pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). 

Em virtude de problemas com insumos para a confecção das doses, as remessas têm chegado em “conta-gotas” a Mato Grosso do Sul e a imunização tem sido lenta.

“Estamos fazendo todo o esforço para comprar essas vacinas, assim como o governador. Queremos imunizar nossa gente e temos um avanço em relação à compra das vacinas, os próximos dias serão decisivos para comprarmos. Estamos chegando ao limite, a ansiedade da população é grande para ser vacinada ”, disse Resende.

O secretário saliente, porém, que esses medicamentos necessários perante a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e com a garantia de todas as doses adquiridas sejam encaminhadas para os sul-mato-grossenses.

VACINAS

Tem, hoje, uma possibilidade de compra por cinco meios diferentes para a aquisição de quatro tipos de vacina. Segundo o secretário, há conversações com representantes das farmacêuticas por meio do Consórcio Brasil Central.

No caso da Johnson & Johnson, do Instituto Butantan e da Pfizer, foram cartas de intenção, já em relação ao Sputnik V a conversa está um pouco mais avançada. O Consórcio já assinou um acordo com o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) para a compra de 28 milhões de doses da vacina. 

E a expectativa é de que o imunizante possa chegar ao País ainda neste semestre.

Mesmo se essa compra foi acertada, o Estado ainda pode comprar mais doses por conta própria. 

Na semana passada, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) visitou uma fábrica da farmacêutica União Química, em Brasília, onde será e fabricada a vacina russa, e assinou uma carta de intenção para essa aquisição.

“Vamos avaliar qual [acordo] que vai atingir mais rápido a conclusão e se vamos complementar com outro imunizante ou abdicar da carta de intenção. Isso ainda vai ser avaliado, às vezes compramos todas. O importante é não ficarmos para trás ”, declarado o secretário.

GRUPOS

Resende afirmou que quando essa compra para concretizada alguns grupos terá prioridade na vacinação. 

Entre eles, os funcionários da educação e da assistência social e pessoas com comorbidades.

“É difícil dizer todos que são imunizados porque não temos ao certo o número de vacinas a serem adquiridas, mas, com certeza, vamos atender a educação, a assistência social e todas as comorbidades, como diabéticos e hipertensos. Certamente conseguiremos vacinar todos eles ”.

STF

No dia 13 de abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) proferiu uma decisão que abriu caminho para que estados e municípios façam a compra da vacina Sputnik V. 

O ministro do STF Ricardo Lewandowski deu prazo até o fim deste mês para que a Anvisa decida sobre a importação excepcional e temporária de doses da vacina.  

O ministro tomou a decisão em uma ação protocolada pelo governo do Maranhão, que diz ter negociado 4,5 milhões de doses da aplicação pelo Instituto Gamaleya, da Rússia.

Na ação, Lewandowski determina que a decisão seja tomada em até 30 dias, a contar do dia 29 de março. Se for incluído no prazo os fins de semana e feriados, a data limite será o dia 28 de abril, ou seja, até quarta-feira.

A Anvisa já apresentou os dois pedidos de permissão de uso emergencial do Sputnik V – o primeiro foi apresentado ainda em janeiro, mas a agência considerada que faltavam documentos. 

O segundo pedido foi feito em 26 de março, mas a Anvisa ainda não deu resposta e suspendeu uma análise.

O governo do Estado então acionou o STF para que a decisão também seja válida para compras feitas por Mato Grosso do Sul.

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