Na contramão da pandemia, a MSGás e a Empresa de Saneamento Básico de Mato Grosso do Sul (Sanesul) somaram um lucro líquido de R$ 154.128 milhões, entre janeiro e dezembro do ano passado.
O número, que vai de encontro às dificuldades enfrentadas pelo País durante a pandemia da Covid-19, corresponde a um cenário positivo para a economia de Mato Grosso do Sul.
A Sanesul e a MSGás são responsáveis pelo saneamento básico e pela distribuição de gás natural, respectivamente.
Em ano de pandemia, conforme o balanço anual, em 2020, a Sanesul registrou receita de R$ 594,57 milhões, enquanto em 2019 foram contabilizados R$ 560,91 milhões.
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Mesmo com números expressivos, a Sanesul registrou queda na arrecadação em comparação com o mesmo período de 2019. O lucro no ano passado foi de R$ 69.948 milhões, enquanto no ano anterior foram contabilizados R$ 84.446 milhões.
Já a MSGás teve lucro de R$ 84,48 milhões no ano passado. O rendimento anual é aplicado em diversas vertentes sociais, como educação, saúde, infraestrutura e segurança.
RECORDE
A empresa MSGás é dividida em sociedade entre o Estado, com 51% do capital, e a Gaspetro, com 49%. Com processo de privatização em andamento, a estatal obtida o maior lucro da sua história em 2020.
O resultado dos lucros entre janeiro e dezembro do ano passado chegou a R$ 84,48 milhões, o dobro do que foi contabilizado no mesmo período de 2019: R$ 42,32 milhões.
A companhia de Gás de Mato Grosso do Sul está em fase de estudos para privatização, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e escritório de projetos do governo.
Conforme o relatório, a direção da empresa afirma que teve aumento de 587 clientes no ano passado, alcançando 10.616 unidades consumidoras e superando a marca de 10 mil clientes, mesmo com uma pandemia de coronavírus.
“Apesar de 2020 ter sido um ano atípico, um resultado muito positivo, conforme mostrar os nossos levantamentos. Em toda a nossa história, foi o melhor. Foi uma virada muito grande, nós crescemos muito ”, explicou o presidente da companhia, Rui Pires.
Segundo ele, com a sua criação, em 1988, a Companhia de Gás do Estado de Mato Grosso do Sul só apresenta prejuízos até 2014, quando a situação financeira começou a mudar e como contas definidas a ficar no azul. “A partir de 2015, nós começamos a conseguir pagar os dividendos [parcela dos lucros dividida entre os acionistas] para os nossos investidores”, explicou o presidente.
Em 2018, a MSGás teve lucro de R$ 13 milhões, passando para R$ 84 milhões em 2020.
INICIATIVA PRIVADA
No início do ano, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) assinou contrato de parceria público-privada (PPP) com a empresa Aegea Saneamento, que tem duração de 30 anos e prevê investimentos de cerca de R$ 3,8 bilhões em esgotamento sanitário.
A parceria é na modalidade de concessão para a prestação de serviço de esgotamento sanitário em 68 dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul.
O contrato tem como objetivo levar a 100% de esgotamento sanitário para os municípios do Estado atendidos pela Sanesul em um prazo de 10 anos.
A estimativa de investimentos é de R $ 3,8 bilhões pela iniciativa privada nos 30 anos do contrato, sendo R$ 1 bilhão em obras e R$ 2,8 bilhões na operação e manutenção do sistema de esgoto.
A Aegea ganhou o direito de assumir o esgotamento da Sanesul em leilão realizado no ano passado na Bolsa de Valores de São Paulo. A empresa venceu o pregão com uma oferta tarifária de R $ 1,36 por m³ de esgoto.
Em entrevista ao Correio do Estado, na oportunidade do leilão, Reinaldo Azambuja disse que existe um portfólio de PPPs possíveis que estão em análise, com alguns projetos “bem adiantados”.