Ceasa já desinfetou 110 carretas para evitar coronavírus “importado” de SP

Além das 14 barreiras sanitárias autorizadas para funcionar em estradas de Mato Grosso do Sul em pontos estratégicos das divisas, o Ceasa (Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul) foi escolhido, junto com o Aeroporto Internacional de Campo Grande, para ser inspecionado diariamente por fiscais sanitários. Por ali, desde que a barreira sanitária começou a funcionar na madrugada de quarta-feira (1), 110 carretas, em média, foram higienizadas para evitar deixarem em Mato Grosso do Sul coronavírus importado de São Paulo.

Isso porque o Ceages (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), na Capital paulista, é a principal fonte dos alimentos trazidos para serem comercializados nas madrugadas e manhãs do Ceasa em Campo Grande. São Paulo lidera o número de casos da doença causada pelo coronavírus, a Covid-19, e até quinta-feira (2) foram registradas 188 mortes e mais de 3.500 casos confirmados.

Fiscal sanitário utiliza EPI para higienizar carreta que chegou nesta madrugada ao Ceasa (Foto: Divulgação)
Fiscal sanitário utiliza EPI para higienizar carreta que chegou nesta madrugada ao Ceasa (Foto: Divulgação)

Na madrugada desta sexta-feira (3), 70 caminhões e carretas foram desinfectados. O horário em que as abordagens e inspeções ocorrem é durante o maior fluxo diário, das 0h até as 4h. Os EPIS (Equipamentos de Proteção Individual) dos fiscais formam a única característica de um cenário de crise sanitária mundial, junto com as máscaras de comerciantes e funcionários do Ceasa.

Para lavar os veículos, utiliza-se uma mistura de álcool 90, água sanitária e água, e o produto passa por toda a carreta, cabine e pneus, a parte externa.

Como funciona – Além da vistoria da carga e limpeza do veículo, os fiscais analisam o documento do motorista e realizam entrevista para saber a origem da carga. A entrevista ocorre enquanto o veículo é higienizado pela equipe.

O Campo Grande News não foi autorizado a entrar no local da inspeção, mas por ali, ouve-se falar em confiança na medida. A sensação é de alívio, já que além de garantir que o abastecimento continue, a inspeção passa mais segurança aos consumidores e interfere diretamente na venda dos produtos.

No Ceasa, a vida continua, apenas com mais proteção (Foto: Henrique Kawaminami)

Os macacões e máscaras utilizados por quem lava os caminhões parecem terem saído de um filme de ficção científica, iguais aos utilizados no Aeroporto de Campo Grande. Nesta sexta-feira, ainda assim, a rotina está como em qualquer outro dia: muitas cores de legumes, frutas e verduras e volume normal de alimentos cujo destino final são os supermercados de todo o Estado.

– CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

 

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