Arsenal poderá ser usado por policiais do Garras, DOF e outras especializadas

O arsenal apreendido com um guarda civil municipal no domingo, em Campo Grande, interessa à Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) e pode fortalecer o Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros), responsável pelo flagrante, e unidades especializadas como o DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e a Defron (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes de Fronteira), entre outras.

No entanto, de acordo com o secretário Antônio Carlos Videira, apesar da utilidade do armamento, a liberação depende de uma série de etapas, em especial, o inquérito policial. “Essas armas são investigadas porque podem ter sido utilizadas em outros crimes e devem ser submetidas a exames periciais. Só ao final destas investigações é que vamos averiguar a necessidade delass”, explicou.

Ao todo, foram encontrados quatro carabinas 556, 11 pistolas nove milímetros, uma arma calibre 12, outra arma longa calibre.22, um revólver 357, quatro pistolas .40, um calibre 380, uma pistola calibre 22, além dos dois fuzis AK47. Também foram apreendidos silenciadores e carregadores. Além de uma pistola Glock que estava com o guarda em seu veículo na Rua Rodolfo José Pinho.

Segundo o secretário, apesar do alto poder de fogo, nem todas podem ser usadas pelas forças de segurança do Estado. “No caso das AKs, por exemplo, não seria viável porque a munição não é fabricada no Brasil e teria que ser importada. Além disso, adquirimos recentemente um grande lote de armas, por isso não há pressa. Primeiro vamos esperar as investigações terminarem e depois vamos ver se este armamento pode somar ao que já temos”.

Milícia

Ao flagrar e aprender o arsenal de guerra, o Garras pode ter estourado as instalações e depósitos de suposta milícia armada formada por seguranças e até policiais civis e militares em Campo Grande. Segundo testemunhas ouvidas na investigação sobre a origem e uso do armamento, o grupo atuaria prestando serviços de escolta e ‘serviços de segurança’. Uma das suspeitas é de que as armas estariam ligadas a recentes crimes de pistolagem em Mato Grosso do Sul.

A Polícia Civil já tem pelo menos um depoimento indicando, além do guarda civil municipal preso, a participação de servidores da área de segurança pública estadual. Crimes de execução pública por pistoleiros, como a morte do delegado Paulo Magalhães, poderiam ter ligação com a atuação do grupo. O delegado Fábio Peró, do Garras, investiga se as armas estejam ligadas às recentes execuções ocorridas na Capital. No entanto, para comprovar tal possibilidade é necessário profunda análise, inclusive dos laudos de balística.

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