Produção de grãos bate recorde de 273 milhões de toneladas

A produção de milho também aponta para um desempenho recorde, previsão é de que atinja 109 milhões de toneladas

A produção de grãos no Brasil, estimada em 273,8 milhões de toneladas, conforme o 7º levantamento divulgado na semana passada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), segue registrando a marca recorde que vem caracterizando a Safra 2020/21. 

O crescimento atinge 6,5%, o correspondente a 16,8 milhões de toneladas sobre a safra passada. O destaque se dá sobretudo a partir da consolidação do plantio das culturas de segunda safra e do início da semeadura das culturas de inverno, com sustentação no aumento geral de 68,5 milhões de hectares e boa performance da soja e do milho.

 

Já em relação ao mês passado, nota-se um aumento de 1,5 milhão de toneladas, sustentado especialmente pelo crescimento de 1,1% na área plantada de milho segunda safra, além do ganho na produtividade da soja.

Quanto à área total de plantio, o boletim registra um crescimento de 3,9% sobre a safra anterior, com previsão de alcançar 68,5 milhões de hectares. Esse volume conta com a participação de cerca de 20 milhões de hectares provenientes das lavouras de segunda e terceira safras e como de inverno, que ocuparão a pós-colheita da soja e do milho primeira safra.

No caso da soja, que tem o Brasil como maior produtor mundial, o volume deve alcançar novo recorde, estimado em 135,5 milhões de toneladas, 8,6% ou 10,7 milhões de toneladas superior à produção da safra 2019/20.

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O milho total também sinaliza produção recorde, com a previsão de atingir 109 milhões de toneladas e crescimento de 6,2% sobre a produção passada. Serão produzidas 24,5 milhões na primeira safra, 82,6 milhões na segunda e 1,8 milhão na terceira safra.

Por outro lado, a produção de arroz deve sofrer redução de 0,8% ante o volume colhido na safra anterior, obtendo 11,1 milhões de toneladas. Para o algodão, a produção estimada é de 6,1 milhões de toneladas do produto em caroço, correspondendo a 2,5 milhões de toneladas de pluma.

Quanto ao feijão, é esperado crescimento de 2% na produção, somando-se as três safras, totalizando 3,3 milhões de toneladas. A primeira safra tem a colheita concluída, a segunda está em andamento e a terceira com o plantio a partir da segunda quinzena de abril.

Completam os números do levantamento também o amendoim, com produção total de 595,8 mil toneladas e crescimento de 6,9%, e o trigo, cujo plantio deve ser intensificado a partir do próximo mês, mas sinal jáizando uma produção de 6,4 milhões de toneladas.

EXPORTAÇÃO

Algodão em pluma continua com um cenário positivo no mercado internacional e, com isso, como exportações no acumulado de janeiro a março aumentaram 18,1% em relação ao último ano. Já para o milho, os embarques do ano continuam lentos.

No entanto, dada a conjuntura no cenário externo, a Conab espera uma previsão de exportações em 35 milhões de toneladas para a safra atual, valor praticamente igual ao observado na última safra.

Para a soja, estima-se a venda para o mercado externo de 85,6 milhões de toneladas (aumento de 3%). Confirmada a previsão, será um recorde da série histórica. O suporte séria dado pela demanda internacional ainda aquecida e pelo alto porcentual de evento observado para uma safra atual.

Contratação de crédito rural somou R $ 169 bilhões em apenas nove meses

O valor das contratações de crédito rural somou R $ 169,44 bilhões entre julho de 2020 e março de 2021, o que representa um aumento de 22% em relação a igual período da safra anterior.

 Desse valor, R $ 90,77 bilhões foram médicos para custeio (aumento de 18%), R $ 53,39 bilhões para investimento (+ 43%), R $ 15,51 bilhões para comercialização (-3%) e R $ 9,77 bilhões para industrialização (+ 7%). Os dados são do Balanço de Financiamento Agropecuário da Safra 2020/2021.  

As contratações de crédito rural realizadas pelo conjunto dos pequenos e médios produtores no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp) totalizaram R $ 47,1 bilhões, distribuídos em 1,311. 710 operações. 

Este foi o maior volume de recursos já observado em igual período de safras anteriores. No total contratado esses dois programas, houve um aumento de 11,2%, sendo 17% no Pronaf, e 5% no Pronamp.

Os demais aumentaram aumentaram acentuadamente sua demanda de crédito para investimentos (61%), e para os pequenos e médios produtores se situou, respectivamente, em 8% e 0,2%. Suas contratações totais de crédito rural aumentaram 26%. 

O uso na utilização relacionada de recursos em fontes não controladas teve crescimento de 32%, principalmente proveniente da emissão de Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) (30%) e os recursos livres (78%), em sua maior parte utilizada por grandes Produtores. 

No que se refere à utilização de recursos da fonte Poupança Subvencionada no crédito rural, a participação dos demais produtores foi de R $ 14,51 bilhões (43%) no custeio e de R $ 4,23 bilhões (42%) nos investimentos.

No âmbito dos programas de investimento, com recursos do BNDES, administrados pelo Mapa, os principais destaques, em valor contratado e respectivo aumento, foram o Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA): 

R $ 1,76 bilhão (62%), o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro): R $ 1,56 bilhão (27%), o Programa de Incentivo à Irrigação e à Produção em Ambiente Protegido (Moderinfra ): R $ 747 milhões (112%) e o Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop): R $ 597 milhões (151%).

O diretor do Departamento de Crédito e Informação do Mapa, Wilson Vaz de Araújo, enfatizou o crescimento de 30% na utilização de recursos das LCAs sem crédito rural, do qual participa em 15%, se situando em R $ 26,14 bilhões.  

“Isso resulta do bom desempenho do setor agropecuário, evidenciado pelo aumento de suas exportações em 2020 e no início de 2021, pela previsão da Conab para a safra atual”.

Fonte: correiodoestado

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