Perigo nas estradas e nos rios: incêndio no Pantanal tem labaredas de até 10 metros

Com temperaturas altas, umidade relativa do ar baixa, ventos fortes e vegetação seca, o incêndio que atinge a região do Pantanal, desde o último domingo (27) já consumiu 50 mil hectares e o combate está sendo feito pela terra e pelo ar.

De acordo com o coordenador da Cedec (Coordenadoria Estadual de Defesa Civil), o tenente coronel Fábio Catarinelli, que sobrevoou a região na tarde desta quarta-feira (30), as labaredas chegam a 10 metros de altura e há muita dificuldade de acesso aos locais via terra, por isso as aeronaves precisam levar os brigadistas até os focos.

Além da Defesa Civil, equipes do Corpo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul, PrevFogo, uma equipe do Corpo de Bombeiros do Mato Grosso com uma aeronave, um helicóptero do Estado dando apoio, equipes da PMA (Polícia Militar Ambiental) e representantes do setor privado, ajudam no combate.

“As condições climáticas, temperaturas altas, umidade baixa, vento forte e vegetação seca estão fazendo o fogo se espalhar muito rápido. As linhas de fogo estão muito altas, então o acesso via terrestre é difícil, mas estamos realizando o combate via aérea e por terra também”, explicou.

“Foram registrados problemas de internet na região. A fumaça já está chegando na região de Piraputanga. A região aqui está pior do que os incêndios na fazenda Caiman. Nós pedimos muita atenção de quem precisa atravessar pela BR-262 e quem estiver no rio pescando, a fumaça dificulta a visibilidade e aumenta os riscos”, destacou o tenente coronel.

Sobre o apoio nacional, o tenente coronel, informou que esteve com o representante da Defesa Civil Nacional, que veio para participar da WildFire, e que agora será feito um pedido de apoio para o combate do incêndio que não tem ainda estimativa de tempo que será levado para o combate total do incêndio.

Previsão de chuva

A meteorologia não prevê uma chuva significativa na região do Pantanal nesta semana. A coordenadora do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e Clima), Franciane Rodrigues, explica que a chuva não está prevista até, pelo menos, o dia 7 de novembro.

Rodrigues ressalta que o motivo do tempo seco que tem atingido o estado nos últimos dias tem relação com uma massa de ar seco e quente, que provoca esse tempo estável ao longo da semana. “Porém, o forte aquecimento diurno, por vezes, favorece a ocorrência de tempestades bem isoladas”, afirma.

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