Paraguai impede envio de 193 toneladas de maconha ao Brasil

A polícia paraguaia atacou mais um centro distribuidor de maconha, um dos responsáveis pelo envio de grandes volumes da droga para o Brasil, e destruiu mais de 193 toneladas do produto. Ações de inteligência que têm contado, inclusive, com apoio da Polícia Federal brasileira, está permitindo uma significativa redução da circulação de maconha no Mato Grosso do Sul.

A PF avalia que essa diminuição de oferta está ligada ao trabalho em território paraguaio. O governo do país vizinho também tem procurado dar mais agilidade à expulsão ou extradição de brasileiros envolvidos com o tráfico de drogas e que tem bases em operação junto à fronteira.

A atuação policial direta contra os grandes traficantes de maconha também estaria levando as organizações criminosas a migrarem para o comércio de cocaína, diversificando a atividade. A hipótese de troca de produto é considerada pela Polícia Federal, que tem observado um crescente aumento de apreensões de cocaína e redução nas interceptações de maconha no Mato Grosso do Sul.

No primeiro semestre deste ano, por exemplo, a Polícia Federal e  Polícia Rodoviária Federal apreenderam 4,04 toneladas de cocaína no Estado, contra 3,97 de toneladas de todo o ano passado. No primeiro semestre de 2018 havia sido  somente 1,9 tonelada do entorpecente. Na outra ponta, no primeiro semestre do ano passado, a PF computou 24,1 toneladas de maconha apreendidas. No mesmo período deste ano foram apenas 11,9 toneladas.

SOBERANIA

Nesta quarta-feira, a Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) do Paraguai divulgou o balanço de mais uma grande ação contra o tráfico de maconha. Após dez dias seguidos de incursões por áreas urbanas e rurais de Pedro Juan Caballero, os agentes concluíram a Operação Soberania.

As ações mobilizaram não apenas agentes da Senad, mas também efetivos das Forças Armadas e helicópteros da Força Aérea. Durante a operação foram realizadas ofensivas em áreas de María Auxiliadora, Chiriguelo, Alpasa e Cerro 21, onde foram localizados e destruídos 62 acampamentos de traficantes, nos quais foram encontrados 15,9 toneladas de maconha picada, além de 776 quilos da droga já prensada.

Ainda de acordo com a Senad, foram destruídos pelo menos 59 hectares de plantações de maconha e, considerado o potencial de produção das áreas destruídas, mais o volume incinerado, estima-se que 193 toneladas do produto tenham deixado de entrar em circulação. Com isso, avalia-se que os prejuízos  causados às organizações criminosas pela operação na região tenham chegado a US$ 5,8 milhões.

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