Entrave na ampliação de leitos UTI pode ser alta de 350% sem valor de medicamentos

A ampliação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), está cada vez mais difícil nos hospitais de Campo Grande, de acordo com o relato dos gestores das unidades de saúde do município, medicamentos e insumos registrados um aumento de 350% nos preços, dificultando a aquisição destes.

A promotora de justiça da Saúde, Filomena Aparecida Depolito Fluminhan, informou na tarde desta quarta-feira (17), que a Capital está com lotação de 100% de seus leitos UTI para Covid-19.

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“Chegamos a 100% da nossa capacidade, os hospitais estão com dificuldades de criar novos leitos, hospitais particulares que fornecem leitos para os pacientes do Sistema Único de Saúde, nos alegaram que não conseguem adquirir insumos, nem medicamentos para manter um paciente de UTI devido devido o aumento de 350% desses produtos, eles estão fazendo o possível “, esclareceu.

Um promotor informou que o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) tem realizado fiscalizações nos hospitais, para acompanhar o funcionamento, estado dos leitos, lotação e ocupação por pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Estamos cuidando dos leitos, para que não haja irregularidades, estamos fazendo visitas em todos os hospitais da cidade que fornecem leitos SUS”.

Ampliação
A unidade do Trauma da Santa Casa disponibilizada nesta quinta-feira (18) 120 leitos para atender os pacientes Covid-19, será 90 clínica e 30 de UTI.

Na última semana a Santa Casa abriu 24 leitos Clínicos e 10 leitos UTI, todos já ocupados.

Nesta quarta-feira (17), também estão sendo ativados mais 15 leitos de retaguarda no Hospital São Julião.

A Clínica Campo Grande disponibilizou 12 leitos de UTI exclusivos para pacientes SUS, sete semicríticos no Hospital de Câncer, 10 leitos de UTI no Hospital do Pênfigo e 10 leitos no Hospital El Kadri.

Segundo Filomena, a demanda é muito diferente dos meses anteriores, e disse que Campo Grande não recebe mais pacientes do interior.

Upas
Pacientes com dificuldades respiratórias, tendo testado positivo para Covid-19 ou não, sendo abrigados em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) devido ao esgotamento dos hospitais de Campo Grande, que não consegue acompanhar a alta demanda de pacientes.

De acordo com o MPMS, nas últimas 24h, 56 pacientes internados foram transferidos para os seguintes; Hospital Universitário, Maternidade Cândido Mariano, El Kadri, Hospital do Câncer e Santa Casa.

A promotora informou que não é correto que os pacientes têm que atender a UPAs por conta da lotação dos hospitais, mas que a situação ocorre enquanto uma população não colaborar com medidas de biossegurança para frear o contágio.

“Temos uma nova cepa entre nós, mais agressiva, a população precisa se esforçar para sair só por necessidade se essa situação só vai piorar”.

 

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