Governo proíbe queimadas controladas no Pantanal

Queimadas controladas estão proibidas até o dia 30 de novembro na região do Pantanal sul-mato-grossense. A medida foi tomada pelo Governo do Estado e publicada em Diário Oficial para evitar o surgimento de novos incêndios florestais no bioma, que nesta quinta-feira (31) completa 16 dias sem chuva com índices de precipitação seis vezes abaixo do esperado.

A coordenadora do Centro de Monitoramento do Tempo e Clima de Mato Grosso do Sul (CEMTEC), Franciane Rodrigues, disse ao Correio do Estado que em Corumbá, por exemplo, choveu apenas 11,4 milímetros de um total de 76,1 esperados para outubro. A última vez que a Cidade Branca viu uma gota d’água cair do céu foi dia 15, “registro muito abaixo da média histórica”.

Queimadas que atingem o Pantanal causaram diversos estragos nas cidades da região. A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) estima que pelo menos 50 mil hectares de vegetação nativa foram consumidos desde domingo (27).

A fumaça atrapalha a visão dos motoristas que trafegam pelas rodovias em Mato Grosso do Sul, especialmente a BR-262 perto do cruzamento com a MS-450 entre Dois Irmãos do Buriti e Aquidauana.

Chamas também surgiram no pé do Morro do Azeite entre os municípios de Miranda e Corumbá, e logo se alastraram com a força do vento no sentido sul, devastando uma grande área. Novos focos também foram registrados na MS-184, que dá acesso ao Pantanal da Nhecolândia.

O fogo também causa outros transtornos em zonas urbanas. Corumbá foi afetada por diversas oscilações de energia elétrica. Em nota, a Energisa informou que as queimadas provocam o desligamento das linhas de transmissão e consequentes variações de tensão na rede elétrica que atende a região.

Já a Oi informou que as queimadas também estão afetando os serviços de internet fixa, causando o rompimento de um cabo de fibra ótica que atende Corumbá e Miranda, afetando parcialmente o serviço. Telefonia fixa e móvel não foram afetadas. O restabelecimento será feito assim que possível, sob orientação do Corpo de Bombeiros.

O Governo reforçou a equipe que trabalha no combate às chamas com mais bombeiros e aeronaves. Será pedido apoio do Governo Federal para tentar controlar a situação. Trabalham atualmente na operação, dos quais 11 são militares e os demais, brigadistas do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo).

Além de recursos financeiros para movimentação das equipes de combate aos incêndios, o Ministério do Desenvolvimento Regional financiará também a construção de pontes destruídas pelo fogo no Pantanal, que atualmente chegam a três.

Uma base operacional de comando idêntica a que funcionou durante as ações de combate aos focos na Refúgio Caiman, em setembro, será montada para dar suporte logístico às equipes.

Fonte: Correio do Estado

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