Demanda industrial exige 142,5 mil trabalhadores qualificados até 2023

Conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o setor industrial  foi responsável pela geração de 499 vagas em Mato Grosso do Sul no mês de agosto. No ano, as indústrias do Estado geraram 1.806 postos de trabalho. Como gerador de empregos, o setor enfrenta o desafio de qualificar 142.574 trabalhadores em ocupações industriais nos níveis superior, técnico, qualificação e aperfeiçoamento entre 2019 e 2023.

De acordo com os dados do Mapa do Trabalho Industrial, elaborado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para subsidiar a oferta de cursos da instituição, essas ocupações têm em sua formação conhecimentos de base industrial. A demanda prevista pelo estudo inclui, em sua maioria, o aperfeiçoamento (formação continuada) de trabalhadores que já estão empregados. Em parcela menor (29%), estão aqueles que precisam de capacitação para ingressar no mercado de trabalho (formação inicial). Nesse grupo, estão pessoas que vão ocupar tanto novas vagas quanto postos já existentes e que se tornam disponíveis por conta de aposentadoria, entre outras razões.

O diretor-geral do Senai Nacional, Rafael Lucchesi, explica que as informações do relatório podem apoiar jovens na escolha da profissão e trabalhadores que desejam recolocação no mercado. “O profissional qualificado de acordo com a necessidade do mundo de trabalho tem mais chances de manter o emprego e também pode conseguir mais facilmente uma nova oportunidade quando as vagas forem oferecidas”, afirma.

AQUECIMENTO

Para o diretor regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo, a economia está voltando a aquecer e isso faz com que a instituição do Estado precise se movimentar cada vez mais. “Nesse contexto, sabemos que teremos de qualificar e requalificar muitos profissionais que já estão no mercado de trabalho e também que desejam ingressar. Para isso, o Senai tem se desenvolvido para levar para os trabalhadores aquilo que existe de mais tecnológico no mundo para as empresas, principalmente as inovações relativas à indústria 4.0”, pontuou.

Ainda segundo Mangialardo, o Senai tem ouvido muitas demandas das indústrias de Mato Grosso do Sul para essas mudanças tecnológicas e, por isso, pensa em cursos voltados para essa cadeia produtiva. “Sabemos que a indústria metalmecânica e de energia renovável vão ser os grandes fomentadores da economia nos próximos anos e precisamos nos aprimorar nessa área. Ainda dentro desse ensejo, o Senai tem trabalhado com nova tecnologia de ensino e  aperfeiçoado os cursos na modalidade educação a distância, tanto em base tecnológica como em bases administrativas, porque são demandas de mercado”, explicou.

QUALIFICAÇÃO

De acordo com o relatório, as áreas que mais vão demandar a capacitação de profissionais com formação técnica em Mato Grosso do Sul são transversais; metalmecânica; energia e telecomunicações; logística e transporte; e eletroeletrônica. Profissionais com qualificação transversal trabalham em qualquer segmento, como técnicos em eletrotécnica e técnicos de controle da produção. Cursos técnicos têm carga horária entre 800h e 1.200h (1 ano e 6 meses) e são destinados a alunos matriculados ou egressos do ensino médio.

Os cursos de qualificação são indicados a jovens ou profissionais, com escolaridade variável de acordo com o exercício da ocupação e que buscam desenvolver novas competências e capacidades. As áreas que mais vão exigir a capacitação de trabalhadores com esse tipo de formação, de acordo com o Mapa do Trabalho, serão metalmecânica, alimentos, energia e telecomunicações, eletroeletrônica e confecção e vestuário.

Segundo o relatório, entre as ocupações que exigem cursos de qualificação e que mais vão demandar profissionais capacitados, estão mecânicos de manutenção de veículos automotores, preparadores e operadores de máquinas, instaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos, telefônicos e de comunicação de dados, entre outras. Em relação ao nível superior, as áreas de informática, gestão e construção serão as que mais vão precisar qualificar profissionais no período de 2019 a 2023, de acordo com o relatório.

Fonte: Correio do Estado

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