9 de novembro de 2025

Juíza reitera que “melhor lugar” para Maníaco da Cruz ainda é presídio

Em um novo ofício encaminhado a 1ª Vara de Execução Penal na última quinta-feira (8), a juíza Cynthia Xavier Letteriello afirma que o “melhor lugar” para cumprimento de interdição de Dyonathan Celetrino, 27 anos, conhecido como Maníaco da Cruz, ainda é a ala de saúde do Estabelecimento Penal de Segurança Máxima de Campo Grande.

Há cinco anos, a Justiça enfrenta um impasse sobre o que fazer com o rapaz que matou três pessoas em 2008. Desde 2014, Dyonathan foi interditado e está sob internação compulsória, ou seja, é mantido internado para tratamento, por medida de segurança.

Conforme ofício da juíza ao colega Mário José Esbalqueiro Junior, da 1ª Vara de Execução Penal, “não há, por hora, medidas a serem tomadas, senão as já providenciadas por este juízo”.

Letteriello ressalta que tanto a Secretaria de Estado de Saúde, quanto a presidência do Tribunal de Justiça estão de acordo com a medida.

Esbalquerio Junior tem cobrado providências com relação a situação do jovem desde 2016. O juiz já disse em uma manifestação que o fato do jovem estar num presídio é ilegal, visto que pelos problemas mentais que apresenta, deveria estar internado num hospital psiquiátrico.

O juiz tem pedido avaliações que demonstrem como tem sido a conduta do jovem na prisão. Em um dos relatórios, Celestrino é descrito como “pessoa com Transtorno de Personalidade Antissocial e homicida em série, com baixa tolerância à frustrações, falta de empatia com os outros e ausência de sentimentos de remorso ou de culpa em relação ao seu comportamento”.

Há ainda um complemento de que “o prognóstico é incerto, uma vez que os transtornos de personalidade não respondem a medicamento e, portanto, o mesmo não apresenta-se recuperado e oferece risco a sociedade”.

ESTUDOS

Apesar dos transtornos mentais, Dyonathan tem aproveitado o tempo em que está na cadeia. Preso há quase 10 anos, ele já fez faculdade de Gestão Ambiental pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), além de curso de dicção e oratória, cidadania e formação política, oferecidos pela Fundação Ulysses Guimarães.

HISTÓRICO

Aos 16 anos, Dyonathan matou três pessoas. A primeira vítima foi um pedreiro Catalino Gardena, que era alcoólatra. O crime foi em 2 de julho de 2008. A segunda vítima foi a frentista homossexual Letícia Neves de Oliveira, encontrada morta em um túmulo de cemitério, no dia 24 de agosto.

A terceira e última vítima foi Gleice Kelly da Silva, de 13 anos, encontrada morta seminua em uma obra, no dia 3 de outubro daquele ano. Dionathan foi apreendido em 9 de outubro, seis dias após o último assassinato.

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