Donos da JBS vão prestar depoimento sobre valores destinados ao Aquário

O juiz federal Bruno Cézar da Cunha Teixeira, da 3ª Vara Federal, seção de Mato Grosso do Sul especializada em Crimes de Lavagem de Dinheiro e contra o Sistema Financeiro Nacional, após negar absolvição sumária, determinou a realização de novos depoimentos dos empresários Joesley e Wesley Batista, além de outros empresários ligados ao grupo JBS, sobre o esquema de desvio de recursos públicos, concessão de benefícios fiscais que vigorou no Estado entre 2007 e 2014, relacionados ao Aquário do Pantanal. As oitivas dos irmãos Batista serão realizadas por videoconferência, às 9h do dia 30 de abril.

Conforme o despacho, assinado pelo magistrado,  além dos irmãos Batista, devem prestar depoimentos: Valdir Aparecido Boni, ex-diretor tributário do grupo JBS e os ex-contadores do grupo, Demilton Antonio de Castro e Florisvaldo Caetano de Oliveiro. Eles vão prestar esclarecimentos sobre pagamentos ilícitos feitos à organização liderada pelo ex-governador André Puccinelli (MDB) em troca de benefícios fiscais e também em relação ao montante repassados pela JBS à Proteco para locação de máquinas usadas na obra do Aquário do Pantanal. O trabalho não foi concluído até hoje.

Além disso, eles devem responder questionamentos sobre pagamentos à outras empresas como Gráfica Alvorada, Instituto Ícone de Ensino, Gráfica Jafar, PSG Tecnologia Aplicada, ITel Informática, Mil Tec Tecnologia da Informática e Congeo Construção e Comércio por serviços não realizados. Estas empresas emitiam notas frias para dissimular o esquema de pagamento de propina.

Quanto aos pagamentos ilícitos realizados sob ordens de Puccinelli, a denúncia descreve, em reduzida síntese, que foram pagas pela JBS 4 notas fiscais frias, num valor total de R$ 9.500.143,00 emitidas pela empresa Proteco Contruções Ltda, de responsabilidade de João Amirim e de Elza Cristina, que foram pagas pela JBS 4 notas fiscais frias, num valor total de R$ 1.300.000,00, emitidas pela empresa Instituto Ícone de Ensino.

Ainda de acordo com a denúncia, Ivanildo da Cunha Miranda e André Luiz Cance intermediavam negociações com a JBS sobre o recebimento dos supostos valores. Ivanildo Miranda veio afirmar acordo de colaboração premiada com o MPF e a Polícia Federal, conforme a denúncia.

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