Dos 8 deputados de MS, 7 devem garantir a reeleição de Maia na presidência da Câmara

Com apoio oficial de 12 partidos na sua tentativa de obter a reeleição à presidência da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) tem, em tese, sete votos de deputados eleitos por Mato Grosso do Sul para conseguir seu terceiro mandato consecutivo no comando da Casa.

Com representantes sul-mato-grossenses na Câmara, o PSL, PSDB, PSD e até o PDT, que era esperado na oposição, já declararam apoio ao deputado carioca. Com isso, caso respeitem as decisões de suas legendas, Maia deve contar com os votos dos tucanos Rose Modesto, Beto Pereira e Bia Cavassa; Tio Trutis e Luiz Ovando, correligionários de Jair Bolsonaro (PSL); Fábio Trad (PSD) e Dagoberto Nogueira (PDT). Já Vander Loubet, único petista eleito em 2018, ainda deve aguardar decisão da liderança da bancada.

Ao Jornal Midiamax, os parlamentares do PSL confirmaram que vão seguir a orientação do partido e votar em Maia.

“Com os candidatos apresentados até agora, a minha opção é ele sim”, afirmou Tio Trutis nesta sexta-feira (11). “Dentre os apresentados, ele é o melhor, porque a gente conseguiu ficar com o comando das três comissões mais importantes. A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) é tão importante ou mais do que a presidência da Câmara neste momento. Com Maia presidente, a gente tem a garantia da votação das reformas e a presidência dessas comissões”, avalia.

O deputado eleito Luiz Ovando concorda com o colega de partido e destaca a importância do PSL na decisão sobre o futuro presidente da Casa, por possuir futuramente a segunda maior bancada.

“O aceno do Rodrigo Maia para o PSL traz o partido para o centro das discussões e da participação mais direta na Mesa Diretora e também nas comissões. Diante disso, o PSL abraçou e eu sou concordante com isso”, diz Ovando.

A reportagem tentou contato por telefone com os outros parlamentares eleitos pelo Estado, mas as ligações não foram atendidas ou caíram direto na caixa de mensagens.

De olho na eleição de 1º de fevereiro, Rodrigo Maia tem feito intensas articulações para se manter no cargo. PSL (com 52 deputados eleitos), PSD (34), PR (33), PRB (30), PSDB (29), DEM (29), SD (13), PODE (11), PPS (8), PROS (8), PSC (8) e Avante (7) já oficializaram apoio à candidatura dele para a presidência da Casa, segundo o G1. Com adesão dos 28 pedetistas declarada ontem, sábado (12), o democrata praticamente sela sua reeleição.

Considerando-se as bancadas eleitas em outubro, esses 13 partidos somam 290 deputados. No entanto, não há garantia de que todos os parlamentares seguirão a orientação do partido, já que a votação é secreta.

Para vencer a disputa pelo comando da Câmara no primeiro turno, um candidato precisa de, pelo menos, 257 votos.

Ao PSL, Maia prometeu uma das vices e o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais disputada por ser a responsável pela análise constitucional de todas as propostas em tramitação.

Na quinta-feira (10), líderes do PSB, PDT e PCdoB se reuniram com Maia para negociar um eventual apoio das três legendas de oposição à tentativa de reeleição do parlamentar do Rio de Janeiro. Pedetistas já se decidiram, faltam apenas as outras duas.

Outros candidatos

Ainda na quinta-feira, bancada do PSB se reuniu, em Brasília, para discutir quem apoiar na eleição pela presidência da Câmara e avaliar a candidatura avulsa do deputado JHC (PSB-AL), que se lançou na disputa sem o apoio oficial do partido.

O líder do PSB explicou que o bloco também tem mantido conversas com outros parlamentares que estão na corrida, como o líder do PP, Arthur Lira (AL), que tenta se viabilizar como alternativa a Maia.

Outros deputados que também têm se articulado para tentar viabilizar uma candidatura para o comando da Câmara são o atual primeiro-vice-presidente da Casa, deputado Fábio Ramalho (MDB-MG), o deputado Alceu Moreira (MDB-RS) e o deputado eleito Kim Kataguiri (DEM-SP).

Sem apoio do próprio partido – o PR, que ficará ao lado de Maia –, o deputado Capitão Augusto (SP) deverá concorrer com uma candidatura avulsa.

Pelo PSOL, o deputado eleito Marcelo Freixo (RJ) já se colocou seu nome na corrida à presidência da Casa.

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