Fusão de ministérios pode prejudicar o Brasil, avalia Tereza Cristina

A deputada federal Tereza Cristina (DEM), que preside a FPA (Frente Parlamentar Agropecuária), avalia que a possível fusão entre os Ministérios da Agricultura e Meio Ambiente, pode trazer problemas ao Brasil em nível internacional, devido as pautas e acordos firmados fora do País. Por esta razão, a parlamentar espera que o assunto seja “estudado” e decidido com “serenidade”.

“A ideia é boa e ele (Jair Bolsonaro) tem razão em propor esta fusão, no entanto precisamos avaliar todos os aspectos envolvidos, como acordos e parcerias internacionais do Brasil na área do meio ambiente, que poderiam prejudicar o País com a junção dos ministérios”, disse Tereza Cristina em entrevista ao Campo Grande News.

A parlamentar também lembrou que o Ministério do Meio Ambiente tem outras pautas além do setor agropecuário, de preservação de faunas e biomas, com trabalhos específicos. “Por estes motivos é preciso muita serenidade na hora de avaliar a questão, tomar muito cuidado nesta decisão”, ponderou.

Sobre a discussão desta pauta e outros temas com o presidente eleito, Tereza negou que tenha reunião marcada com ele na próxima semana. “Vou para Brasília para os trabalhos no Congresso Nacional e Frente Parlamentar, não há nenhuma agenda marcada com o Bolsonaro”.

Em relação a fusão, o próprio Bolsonaro sinalizou na última quinta-feira (01), que pode “recuar” da ideia e assim manter os Ministério da Agricultura e Meio Ambiente separados, depois de avaliar a questão com os aliados e equipes de transição. Ele no entanto adiantou que não vai escolher alguém “radical” para conduzir o meio ambiente.

Indicação – Estando entre os nomes cotados para assumir o Ministério da Agricultura, Tereza ponderou que não houve qualquer conversa sobre o tema com Bolsonaro, apenas uma posição do presidente que os integrantes do FPA iriam “ajudá-lo” na escolha do próximo ministro. “Isto deve ser discutido com calma durante o período de transição”.

Discussões sobre “demarcação de terras indígenas” e até “compra de terras por estrangeiros”, a deputada disse que são temas que serão debatidos em um outro momento, com a participação do Congresso Nacional. “Existem outras prioridades agora para o presidente definir, estas questões serão conversadas mais para frente”.

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